segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CARIDADE (POESIA)

C A R I D A D E

 
Caridade traduz o amor
Na sua maior excelsitude.
Pois ela supera o amargor
Oriundo das vicissitudes.

Em sua jornada augusta,
Vai amenizando as dores.
Parece invisível; não assusta;
Mas desafia os dissabores.

Exprime-se, obstando a esmola,
No socorro aos mais sofridos.
Sendo o bálsamo que consola,
Exalta o ânimo dos decaídos.

Fazer caridade é semear a paz,
Estabelecendo a concórdia,
Onde o escândalo se faz
E se clama por misericórdia.

Em qualquer ato de amor
Ela sempre está presente.
Seja aqui, ali, onde for,
Abranda a aflição da gente.

Quem não a pratica,
Jamais será compensado.
Segundo a estatística,
Não pode viver sossegado.     

Quem não planta
Também não colhe.
Se o bem não levanta,
Só o mal recolhe.

Não fazer o bem,
Sem olhar a quem,
Contraria o ditado:
Será sempre o coitado!

Não basta doar por doar.
É muito mais do que isso.
É, antes de tudo, perdoar.
Não se deve esquecer disso.

Levar uma palavra amiga,
Através de pequena prece,
A quem, no silêncio, carece
De alegria e jaz de fadiga.

É exercer a caridade.
É suprir a necessidade.
É dar a quem não tem,
Tudo o que lhe convém.

Não há problema sem solução.
Há sempre a incógnita “amar”,
Que cabe em qualquer lugar,
Principalmente no coração.



ELTER, 23/04/13

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

MEUS SETENTA ANOS



MEUS  SETENTA  ANOS


Perguntaram-me o que era
Fazer setenta anos
Pensei nas antigas primaveras,
Nas alegrias e desenganos...
Fazer setenta anos
É querer se lembrar
E a memória não ajudar.
É esquematizar o horário
Para os remédios tomar.
É gostar de tudo comer
E ter que se limitar.
Dos doces, esquecer;
O salgado evitar
E da gordura não abusar.
Fazer setenta anos
É sentir que estou velha agora,
Pois me chamam de senhora
Em casa, no comércio ou na rua.
É a verdade nua e crua...
Ou, quando brinco com criança
E me sinto voltar à infância
Ela me sorri e, num gesto só,
Me olha e me chama de vovó.
Mas, ser idoso é até gostoso.
Mormente, quando,
Ao lado disso tudo,
Determinado grupo de estudo
Vem e me homenageia,
Até me presenteia...
Que bom ser lembrada
E sentir-me tão amada!
Nada disso sei que mereço:
Família e tantos amigos!
Ah! Meu Deus, como agradeço!
Por  nunca ser só e sem abrigo!

Elter Castro, 19/07/13

QUEM É VOCÊ, CARIDADE?



QUEM  É  VOCÊ,  CARIDADE?
  
Caridade,
Abstrata, mas sentida.
Concreta, se investida.
Difícil de a deter,
Mas não, de a conhecer,
Porque, em nós, ela se entranha
E se faz tão presente,
Que não mais se estranha,
Por fazer parte da gente.
Mesmo ignorando seu benefício,
Ao saber um irmão a sofrer,
Somos levados ao ofício
De seu problema resolver.
Em todos os passos
Ela vem se colocar
Unindo os laços
Com o verbo amar.
Quando se ama, de verdade,
Ela se faz sempre sentir
E, sem mesmo refletir,
Praticamos a caridade.
Cegos, nos fazemos, porém
Voltados a interesses mesquinhos
Mal sabendo que, também
Assim ficaremos sozinhos.
Porque, sendo luz em nossa vida
Induzindo-nos a sempre servir
E cuidar, do irmão, a ferida,
Nossa dor ela vai suprir.
Urge deixarmos de ser omissos
Se quisermos ser felizes.
Não esquecer os compromissos
É plantarmos nossas raízes.
Quem sai da ignorância
E pratica a tolerância,
Promete dar assistência
E não comete inadimplência,
Pode ficar sem a riqueza material,
Mas viverá na opulência espiritual.
É assim a caridade.
O ar que respiramos,
Constante e muda.
Se a alegria almejamos,
Sempre, fiel, nos ajuda.


Elter castro, 19/07/13

segunda-feira, 22 de abril de 2013

TROVAS S/A CARIDADE



CARIDADE (trovas)


Quem pratica a caridade
Esperando retribuição.
É uma disparidade
Não tem amor no coração.

Caridade por caridade
Não é mérito de ninguém.
Só quem leva a felicidade,
Pode ser feliz também.

Deus nos concedeu a caridade
Para sanar nosso sofrimento,
Transformando esse momento
Em socorro à humanidade.

Só fica curtindo a dor
Quem despreza a caridade,
Filha legítima do amor,
Que só traz felicidade.

Se encontras alguém carente,
Socorre, que o auxílio é caridade,
Pois este foi o maior presente,
Que Deus legou à humanidade.

Se choras, querido irmão,
A dor de viver na solidão,
Espalha ternura aos vizinhos
E nunca mais estarás sozinho.
                                      28/02/13

Para se ter real felicidade,
Se você não sabe, meu amigo;
Só através da caridade,
Perdoando o seu inimigo.
                                      01/03/13


Enquanto no próximo pensar
Mais que em você mesmo
Jamais tornará a andar
Pelos caminhos, a esmo.
              
Se quiseres ser feliz
E a paz com Deus sentir
Lembra do pobre infeliz
Que nem sempre sabe pedir.
                           06/03/13

NATAL/JESUS



N A T A L


Nasceu Jesus numa manjedoura.

A glória sublime e imorredoura.

Trouxe em Sua Celestial bagagem,

A mensagem de amor e humildade.

Lei incondicional para a humanidade.



J  e  s  u  s


Jesus, luz do Mundo, guia supremo

E a glória perene, que à Terra desceu.

Sábio Maior, que já se conheceu.

Única porta para a nossa salvação.

Semeador do amor em nosso coração.





ELTER, 12/11/2012

MEDIUNIDADE É CARIDADE?



MEDIUNIDADE É CARIDADE?


Mediunidade...
Será um dom, talento, prêmio?
Desde quando, um século, milênio?
Ou será muito recente?
Talvez até um presente...
Para que serve então?
Qual a sua utilização?...
Nada disso, meu irmão.
Mediunidade é dádiva divina.
Nasceu com o homem
E com ele sempre caminha.
É luz resplandecente,
Que socorre toda a gente,
Iluminando sua vida,
Salvando-a da desdita.
Assim como o livre-arbítrio,
Não é privilégio de ninguém.
Como castigo, não é também.
Deus a seus filhos não castiga,
Mas sempre os investiga...
Porém pode ser indício
De remitentes imperfeições.
Pode parecer, de ínicio,
Motivo de humilhações,
Ou mesmo castigo.
Mas não há perigo!
Deve sim, ser bem desenvolvida.
E para isso, ela foi concedida.
Não devemos temê-la
Ou usá-la para fins comerciais.
Mas devemos tê-la
Como um bem,
Que nos vem a mais.
No caminho sempre reto,
Socorrendo um irmão
É mais do que certo
Receber, do alto, aquela mão
Invisível, mas previsível,
Complacente, indulgente,
Acalmando nosso coração.
Mediunidade com Jesus,
Jamais será sacrifício.
São ossos do ofício,
E que a Deus nos conduz.
Mas, para nossa felicidade,
A melhor solução
É uni-la à caridade
E garantir a salvação!



Elter, em 17/10/2012












A PRECE



A   P R E C E


I

A prece, na angústia ou na paz,
Sempre consola e nos satisfaz.
É o menor caminho para o amor,
Que nos conduz ao Nosso Senhor.
II
Ensinou-nos Jesus, o Divino Amigo:
Para orar, é necessária a preparação...
Ficar em silêncio e abrir o coração;
Perdoar, fazer as pazes com o inimigo
E acatar o retorno com resignação.
III
Louvar, pedir e aguardar,
São condições essenciais.
Agradecer e não desesperar,
Sem regras, nem rituais...
IV
Quando sincera, sentida e ardente,
Não precisa o verbo rebuscar,
Porque essa forma é tão potente,
Que nos fará, de fato, triunfar...
V
No silêncio gritante da dor,
Devido ao furor das paixões,
A prece ameniza o dissabor,
Que restou das falsas ilusões.
VI
Orar é luz acesa no coração,
Clareando o negrejar da alma;
Trazendo, afinal, como solução,
O remédio que alivia e acalma.
VII
Orar é um ato de fé e de respeito.
O nosso maior recurso espiritual.
Único capaz de nos tirar do peito,
Tudo que nos tenha causado mal.
24/08/12