segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CARIDADE (POESIA)

C A R I D A D E

 
Caridade traduz o amor
Na sua maior excelsitude.
Pois ela supera o amargor
Oriundo das vicissitudes.

Em sua jornada augusta,
Vai amenizando as dores.
Parece invisível; não assusta;
Mas desafia os dissabores.

Exprime-se, obstando a esmola,
No socorro aos mais sofridos.
Sendo o bálsamo que consola,
Exalta o ânimo dos decaídos.

Fazer caridade é semear a paz,
Estabelecendo a concórdia,
Onde o escândalo se faz
E se clama por misericórdia.

Em qualquer ato de amor
Ela sempre está presente.
Seja aqui, ali, onde for,
Abranda a aflição da gente.

Quem não a pratica,
Jamais será compensado.
Segundo a estatística,
Não pode viver sossegado.     

Quem não planta
Também não colhe.
Se o bem não levanta,
Só o mal recolhe.

Não fazer o bem,
Sem olhar a quem,
Contraria o ditado:
Será sempre o coitado!

Não basta doar por doar.
É muito mais do que isso.
É, antes de tudo, perdoar.
Não se deve esquecer disso.

Levar uma palavra amiga,
Através de pequena prece,
A quem, no silêncio, carece
De alegria e jaz de fadiga.

É exercer a caridade.
É suprir a necessidade.
É dar a quem não tem,
Tudo o que lhe convém.

Não há problema sem solução.
Há sempre a incógnita “amar”,
Que cabe em qualquer lugar,
Principalmente no coração.



ELTER, 23/04/13

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